Ainda bem que esta história acabou assim, não passando de um valente susto, é sempre bom saber que quando necessário, os meios de socorro estão lá, apesar do praticante de kitesurf não ter cumprido as regras de segurança básicas, isto pelo que vem na comunicação social.
“Duas lanchas da Polícia Marítima de Faro e de Olhão, uma lancha de Fiscalização Rápida da Marinha e um helicóptero da Autoridade de Protecção Civil, com uma dezena de tripulantes, foram ontem, cerca das 12h30, accionados pelo Comando da Zona Marítima do Sul (CZMS), para uma operação de resgate de um praticante de kytesurf, ao largo das praias de Faro e de Vale do Lobo.
Só cerca das 16h30 o falso náufrago soube que estava a ser procurado no mar e telefonou para a Capitania de Faro informando que se encontrava em casa, são e salvo.
Reis Ágoas, responsável do CZMS, explicou ao CM que “dezenas de telefonemas” alertaram a Marinha para a existência de um náufrago na costa algarvia. “ As pessoas garantiam ter visto um kytesurfista em dificuldade, ao largo da praia de Faro, sendo arrastado, pela forte corrente e por muito vento para Vale do Lobo”, disse o oficial da Marinha, que, rapidamente accionou “os meios considerados necessários quando está uma vida em perigo”.
Quatro horas depois, o ‘náufrago’ ouviu falar na operação de resgate e contactou, telefonicamente, a capitania de Faro. “Explicou-nos que, cerca das 12h00, junto à barrinha de S. Luís, a nascente da praia de Faro, tinha ficado em dificuldade com o seu kytesurf, que abandonou no mar, tal como o arnês, para rumar para terra, em segurança, com a ajuda de um amigo.”
O facto de o kytesurf continuar à deriva, com o arnês do surfista pendurado, deu a ilusão óptica, a quem estava na praia, de que a bordo estava uma pessoa em dificuldade.
Foi o que aconteceu a Isabel Cácima, proprietária do Quiosque Bela, na praia de Faro, uma das primeiras pessoas a dar o alarme. “Vi aquilo que me pareceu um jovem a tentar equilibrar-se num kytesurf, mas sem o conseguir”, garantiu ao CM esta testemunha que logo telefonou às autoridades. “Fiquei aflita, tal como as outras pessoas que aqui estavam, quando constatámos que o aparelho, com aquilo que pensávamos ser uma pessoa, se afastava da costa definitivamente”, garantiu.
Afinal, tudo não passou de um episódio que fez a Marinha gastar muitos milhares de euros. ”
in “Correio da Manhã”
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